Banda Larga Móvel: Será que ainda há solução?
Segundo a Anatel, o perfil de uso da telefonia celular no país está amadurecendo, pois em agosto de 2013 atingimos 268,4 milhões de celulares, ou seja, 135,45 cel/100 hab. A melhor notícia, porém, foi que as adições líquidas de telefones pré-pagos somaram 681 mil novas linhas, ante 759 mil novas linhas pós-pagas. Assim, a participação do pré-pago caiu para 79,06%.
Ainda no campo das boas notícias, segundo dados do IDC, o mercado de smartphones brasileiro cresceu 110,1% no 2º. trimestre de 2013, chegando a 8,3 milhões de unidades.
Com estes resultados, as vendas de smartphones superaram as de celulares tradicionais pela 1ª. vez no Brasil, representando 54% da base.
Desta forma, a adesão de planos de dados e o acesso à Internet Móvel devem aumentar significativamente, tanto em 3G, quanto em 4G, que já está em fase de implantação no Brasil, porém a um alto custo e com pouca cobertura.
Quanto ao 3G, a realidade atual não é das melhores, pois, na prática, também não é uma opção de baixo custo, além de encontrar-se no limite da disponibilidade, apresentando gargalos e zonas de sombra constantes.
A
grande verdade, porém, é que não precisamos necessariamente aposentar o 3G
brasileiro para finalmente contarmos com uma banda larga móvel a preços mais
acessíveis e de melhor qualidade. Na realidade, ainda há muito espaço para
melhorar o nível de serviço do 3G oferecido no Brasil, por meio de
investimentos que também ajudariam a alavancar as tecnologias mais novas, como
o 4G.
Apenas
como base de comparação, o serviço 3G oferecido na Alemanha é nada menos do que
48 vezes mais rápido do que o do Brasil e 3,1 vezes mais veloz do que o 4G de
nosso país. Esta gigantesca defasagem se explica pelo sucateamento de nossa
infraestrutura de telefonia móvel, composta por roteadores lentos e antenas
antigas, com velocidade de transmissão de 07 Mbps. As antenas mais novas
transmitem em até 42 Mbps e utilizam canais separados para voz e dados.
Outro
gargalo de nossa rede encontra-se nos Backhauls, cabos terrestres de alta
velocidade usados no retorno dos sinais recebidos pelas antenas, que não são
atualizados há pelo menos 5 anos, sendo que o uso do 3G aumento em 50% apenas
em 2012.
Finalmente,
para conseguir cumprir as metas de cobertura do sinal 4G assumidas para a Copa
do Mundo de 2014 no Brasil, as operadoras de telefonia brasileiras precisariam
instalar 30 novas antenas por dia até a data do primeiro jogo...
Velocidade de
Conexões Móveis no Mundo:
País
|
Velocidade
|
Alemanha (1)
|
22
Mbps
|
Inglaterra (2)
|
20
Mbps
|
Noruega (3)
|
11
Mbps
|
Brasil
– 4G (4)
|
07
Mbps
|
Brasil
– 3G (5)
|
0,46
Mbps
|
Fontes
de Dados: Qualcomm Brasil, NIC.br, Netindex, (1) Deutschen Telekom, (2) T-Mobile UK, (3) Telia Sonera, (4) portal UOL, (5) 5 Operadoras de
Telecom Nacionais.
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