domingo, 8 de junho de 2008

O Futuro do Papel Digital: Fino, flexível e de baixo consumo de energia. Prepare-se, pois o Papel Digital vem aí!

Desde o surgimento dos microcomputadores, do conceito do “paperless Office” e a chegada da Internet, a morte do papel impresso era tida como uma questão de tempo. Porém, mais de 20 anos se passaram e a “profecia” ainda não se cumpriu.

Os últimos desenvolvimentos da tecnologia digital criaram o papel digital, e-paper ou apenas EPD (Electronic Paper Display). Trata-se de uma mídia LCD, fina e maleável, sem fio, que, por meio da conexão com a Internet, permite a leitura de documentos de forma similar ao papel impresso, com baixo consumo de energia e re-usabilidade ilimitada.

É importante observar que, em novembro de 2007, o início do fim da hegemonia absoluta do papel foi dado pelo lançamento do Kindle, da Amazon. Este dispositivo possibilita a leitura de livros digitais (e-books) e se iguala a outros aparelhos revolucionários tais como o iPhone da Apple em sua usabilidade e facilidade. Observe-se que, a compra de livros e periódicos é feita sem a necessidade de uso do PC, alavancando, definitivamente, o comércio eletrônico e o consumo desta modalidade de conteúdo digital.

A tecnologia EPD é aguardada pelo mercado há muito tempo. Além disso, o conceito do papel digital ou e-paper, ou seja, um display de dados com aparência e usabilidade do papel existe há décadas. Na prática, no entanto, apenas agora, produtos como o Kindle, finalmente estão conseguindo trazer à tona esta tecnologia ao igualar o contraste e a resolução oferecidos pela impressão tradicional em papel.

Por meio do Kindle, a Amazon transformou, da noite para o dia, o então desajeitado “e-book reader” em um sucesso mundial de vendas, com mais de 125.000 títulos disponíveis. Neste novo cenário, o aumento avassalador no interesse pelo papel digital (EPD) por parte do resto do mercado ocorreu naturalmente.

Dado o primeiro passo para a aceitação do papel digital pelo mercado de massa, não será a falta de interesse econômico que inviabilizará sua rápida evolução, pois se o papel digital ampliar sua participação de mercado dos atuais 0,1% para algo em torno de 3% a 4%, o EPD estará gerando um faturamento da ordem de US$ 400 bilhões
anuais.

Assim, esteja certo de que dentro em breve o seu próximo livro ou jornal poderá ser uma versão “e”... Pois a “profecia da morte do papel impresso” está prestes a se materializar.

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